Um convite à luta!

É com indignação que os trabalhadores em educação anunciaram no dia 26/09, depois de longos meses de negociação [enrolação], uma greve até que o governo Jatene pague o que nos deve, pois é notória a profunda falta de respeito com essa categoria e ao órgão máximo da Justiça deste País que determina o pagamento do Piso Salarial.
Em 2010, o então governo do estado, mandou excluir do PCCR os funcionários de escolas, mas que por pressão da nossa greve conseguimos manter a proposta inicial de um PCCR Unificado da categoria e assim foram incluídos na Lei:
“Art. 2º Para efeito desta Lei entendam-se integrantes do Quadro Permanente dos Profissionais da Educação Básica da Rede Pública do Estado do Pará os seguintes cargos:
I – Professor;
II – Auxiliar educacional;
III – Assistente Educacional
Para que se dê consistência aos cargos a serem criados eles precisam ser regulamentados em que tratam da profissionalização e da carreira profissional dos funcionários de escolas (agente administrativo, datilógrafo, servente, copeira, merendeira, vigia, etc.).
Assim, o enquadramento deste segmento da categoria faz parte das nossas reivindicações o que não abrimos mão! Dirigimo-nos especificamente aos funcionários de escolas para convidá-los à luta! A greve não é exclusividade de professores e técnicos, muito pelo contrário é de fundamental importância que os colegas possam se compreender enquanto parte integrante da categoria que exige a sua imediata inclusão no PCCR, como consta na lei do plano.
Muitos devem se perguntar o que foi conquistado para esse segmento da categoria. Conquistamos o RJU (Regime Jurídico Único); Vale-Alimentação; Abono Salarial; Cred Livro para secretários de escolas; PCCR Unificado de fato com abrangência de todos os [as] trabalhadores [as] em educação.
O Governo não pode mais tratar os funcionários de escolas como um segmento à margem de nossa categoria que não possui motivos para aderir à luta em defesa da educação pública de qualidade.
Nenhuma das vitórias descritas acima foi fruto da benevolência dos governantes, todas as conquistas foram com muita disposição de luta e mobilização da categoria. Para continuarmos nossa trajetória de conquistas, convidamos todos [as] funcionários de escolas para fazerem parte da luta pela regulamentação imediata no PCCR da categoria.
Somos sabedores de que direção e gestores de USES/URES iniciarão um intenso assédio moral, com a enfadonha ladainha de que “a greve é dos professores, e vocês não têm nada haver com isto”. Já passa da hora de darmos uma resposta à altura a essas direções/gestores que insistem em manter os funcionários [as] de escolas como fossem seus serviçais. Portanto, os colegas ou se incorporam à luta ou vão ficar o resto da vida se lamentando de terem perdido o trem da história para que sejam respeitados enquanto categoria.
Basta de receios! Vem para luta! O primeiro passo é participar de nossas atividades da greve. Em seguida é montar comissões ou coletivos para se organizarem e visitarem escolas para que no corpo-a-corpo possamos convencer outros colegas de sua importância para educação pública neste país.
Caros [as] colegas, a unificação da luta dos diversos segmentos da categoria dos trabalhadores [as] em educação pública somente se dará forjada na luta do cotidiano. Eis que precisamos que os funcionários [as] de escolas se compreendam enquanto atores sócios educacionais e de transformação rumo às conquistas para sua profissionalização e carreira na área educacional.
Pois quem luta também educa!
A VITÓRIA, SEMPRE!